Câncer de Bexiga

câncer de bexiga é um crescimento desordenado das células da bexiga. E com esse crescimento desordenado, as células tendem a formar tumores e dessa maneira podem até invadir órgãos vizinhos.

O câncer de bexiga é um crescimento desordenado das células da bexiga. E com esse crescimento desordenado, as células tendem a formar tumores e dessa maneira podem até invadir órgãos vizinhos. É o sexto tumor maligno mais diagnosticado nos homens, decimo nono nas mulheres e nono quando considerados ambos os sexos

A bexiga é um órgão flexível, localizado na pelve (bacia) e com o formato aproximado de uma bola. Sua principal função é armazenar a urina antes que ela seja eliminada pelo organismo. Após ser produzido pelo rim, o xixi é transportado até a bexiga por meio dos ureteres. Durante a micção, os músculos da bexiga são contraídos e o líquido é expelido pela uretra.

Há uma predominância do sexo masculino, com cerca de ¾ dos casos, porém mulheres são diagnosticadas como tumores mais avançados. É também mais prevalente em homens caucasianos (brancos) do que em negros.

O câncer de bexiga costuma ser diagnosticado entre os 50 e 70 anos de idade, e principalmente acima dos 65 anos. Geralmente, aparecem um ou mais tumores pequenos e superficiais próximo à mucosa de revestimento interno do órgão. Calcula-se que cerca de 25% das pessoas que tenham câncer de bexiga poderão ter um segundo tumor primário em outro local do sistema urinário.

Há diferentes tipos de cânceres de bexiga. Eles são divididos nos tipos de células onde o tumor se inicia. Os não invasivos ainda não invadiram camadas mais profundas. Já os cânceres invasivos são mais propensos a se disseminarem e mais difíceis de tratar.

Cerca de 90% dos tumores da bexiga são chamados de carcinoma de células transicionais. Ele é bastante frequente por ter origem nas células uroteliais, que revestem a parte interna do órgão. São divididos em baixo grau e alto grau (de proliferação rápida).

 

Outros tipos:

Carcinoma de células escamosas: afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas.

Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.

A Bexiga

Nos homens, a bexiga está situada na parte inferior do abdome, logo à frente do reto. Sua parede é formada por três camadas de tecido:

 

Camada mucosa, que recobre seu interior.

Camada muscular, formada por fibras de músculo liso

Camada adventícia (ou serosa), que recobre a parte mais externa.

A maioria dos cânceres de bexiga começa no urotélio, que é a camada de células mais interna da bexiga. Ela reveste o interior do ureter, a bexiga, a uretra e algumas partes do rim.

Sintomas

Considerado um câncer silencioso, na fase inicial o câncer de bexiga evolui sem apresentar sintomas. Mas a evolução do tumor pode apresentar alguns sinais.

Sangue na urina: também chamado de hematúria, esse sintoma está presente em 90% dos pacientes com câncer de bexiga e é causada pelo rompimento de vasos sanguíneos no interior do tumor ou da mucosa do órgão.

Dependendo da quantidade de sangue, o xixi pode ter uma cor alaranjada ou vermelha-escura (menos comum). Em alguns casos, a quantidade de sangue é tão pequena que pode ser visualizada somente por meio de um exame urina.

Muitas vezes, esse sintoma erroneamente não é levado em consideração pelo paciente, já que a presença de sangue pode não ser contínua, aparecendo em um dia e, no outro, não.

 

Sensação de ardor, urgência e vontade incontrolável de urinar.

Dores pélvicas: geralmente, ocorrem em casos avançados, e podem ser acompanhadas de inchaço nas pernas e dor óssea.

Perda de apetite: acompanhada por perda de peso, anemia e cansaço, é frequente na fase metastática.

Atenção: sangue na urina não significa, necessariamente, câncer de bexiga. Pedras nos rins, infecção ou outras doenças também podem apresentar esse sintoma. Procure seu médico para um diagnóstico mais preciso.

Fatores de Risco

O sexo masculino é mais propenso a ter esse tipo de câncer. Entre os fatores de risco, estão:

Genética: se algum parente de primeiro grau teve a doença, aumentam as chances de se ter o câncer de bexiga.

Exposição à radioterapia, medicamentos e outras substâncias: quem trabalha com borracha, couro e tintas corre mais riscos de adquirir a doença. Além disso, pacientes que foram expostos à radiação devido à quimioterapia também estão mais propensos ao câncer de bexiga.

Idade: as chances de adquirir o câncer aumentam conforme a pessoa envelhece. A doença é mais comum após os 40 anos de idade.

Ingerir pouco líquido: ao beber bastante líquido durante o dia, ocorre maior diluição das substâncias tóxicas da urina e aumento da micção.

Inflamação crônica na bexiga: quem tem teve infecções crônicas no trato urinário e, especialmente, na bexiga, bem como inflamações, pode ter o risco da doença aumentado.

Raça e etnia: pessoas caucasianas (de pele branca) têm cerca de duas vezes mais chances de desenvolver câncer de bexiga do que as demais.

Tabagismo: as substâncias cancerígenas encontradas no cigarro são absorvidas pelo trato digestivo e misturam-se com a urina após o processo de filtração renal. Com isso, as paredes internas do órgão acabam sofrendo alteração celular, que podem levar ao câncer.

Prevenção

Mesmo não havendo nenhuma garantia ou forma de evitar o câncer de bexiga, algumas atitudes podem reduzir o risco de se desenvolver a doença. Confira e adote-as no seu dia a dia:

Pare de fumar. Assim, as substâncias cancerígenas não serão armazenadas na bexiga, evitando o desgaste do revestimento interno do órgão. Os fumantes de cigarros e charutos são duas a três vezes mais propensos do que os não-fumantes de ter câncer de bexiga.

Ao trabalhar com produtos químicos, siga todas as instruções de segurança para evitar a exposição exagerada.

Beba mais água (cerca de 2 L por dia). O líquido evita a formação de pedras na bexiga e dilui na urina as substâncias tóxicas absorvidas pelo corpo.

Mantenha uma dieta equilibrada. Uma alimentação rica em frutas e vegetais também pode ajudar a prevenir o câncer de bexiga.

Mantenha uma rotina de atividades físicas. Os exercícios ajudam a eliminar toxinas que são prejudiciais às células.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como tomografia computadorizada e citoscopia (investigação interna da bexiga por um instrumento dotado de câmera). Durante a citoscopia podem ser retiradas células para biópsia.

A probabilidade de cura dependerá do estadiamento (extensão) do câncer (superficial ou invasivo) e da idade e saúde geral do paciente.

Tratamento

As opções de tratamento vão depender do grau de evolução da doença. A cirurgia pode ser de três tipos: ressecção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistotectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistotectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina). Após a remoção total do tumor, o médico pode administrar a vacina BCG dentro da bexiga para tentar evitar a recorrência da doença.

Outra alternativa é a radioterapia, que pode ser adotada nos tumores mais agressivos como técnica para tentar preservar a bexiga. A quimioterapia também pode ser sistêmica (ingerida na forma de medicamentos ou injetada na veia) ou intravesical (aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra).

A quimioterapia pode ser utilizada antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do câncer, facilitando a remoção durante o procedimento cirúrgico. Após a cirurgia, ela tem o objetivo de destruir as células cancerígenas.

Após o tratamento, o acompanhamento deve ser feito com uma equipe multidisciplinar formada por oncologista e urologista. Além disso, exames de rotina devem ser realizados, como exame de urina, ecografia e tomografias – conforme a necessidade.

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